O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu indicar o juiz José Rodrigo Sade para o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná. Esta decisão ocorre em um momento crucial, já que neste tribunal serão julgadas duas ações que envolvem o senador Sergio Moro, do partido União Brasil-PR, e que podem resultar em sua cassação. A expectativa é de que a indicação seja oficializada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (08).
Sade, apesar de ter atuado como advogado de Deltan Dallagnol, ex-coordenador da força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba, que teve seu mandato de deputado federal cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2023, contava com o respaldo do grupo Prerrogativas e era considerado o favorito para ocupar a vaga no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná.
O advogado defendeu Deltan Dallagnol em uma ação privada que visava obter indenização por danos morais. Como resultado, o ator José de Abreu foi condenado a pagar R$ 41,8 mil ao ex-procurador devido a ofensas pessoais feitas contra ele no Twitter.
Segundo a colunista Malu Gaspar, o aguardo da nomeação de Lula pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná visava estabelecer a data para o julgamento das ações movidas pelo PT de Lula e pelo PL de Jair Bolsonaro. A análise do caso, que foi adiada em duas ocasiões e cercada de especulações, permanece suspensa, aguardando uma decisão por parte de Lula.
O Código Eleitoral determina que julgamentos relacionados à cassação de mandatos devem ocorrer com quórum máximo, o que significa a presença de todos os juízes do tribunal.
Segundo informações, a posse de Sade está agendada para esta quinta-feira (8), logo após a nomeação ser publicada no Diário Oficial da União. Isso permitiria que o julgamento de Moro iniciasse no dia 19, conforme desejo do relator do caso, o desembargador Luciano Carrasco Falavinha.



