O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) absolveu seis policiais militares envolvidos no caso da morte da auxiliar de serviços gerais Claudia Silva Ferreira, ocorrida em 2014 no Morro da Congonha, em Madureira, subúrbio do Rio de Janeiro. O episódio ficou conhecido após um vídeo mostrar o corpo de Claudia sendo arrastado por cerca de 300 metros por uma viatura da Polícia Militar durante uma tentativa de socorro.
A decisão, proferida pelo juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira no dia 22 de fevereiro, absolveu os PMs das acusações de homicídio e fraude processual. O processo envolveu duas linhas de acusação: os PMs Rodrigo Medeiros Boaventura e Zaqueu de Jesus Pereira Bueno foram acusados de homicídio por terem disparado contra Claudia, enquanto outros quatro policiais foram acusados de fraude processual por terem removido o corpo da vítima do local do crime.
O juiz considerou que não houve indícios suficientes sobre a autoria dos disparos que atingiram Claudia, afirmando que os PMs agiram em legítima defesa durante uma troca de tiros com traficantes. Quanto à remoção do corpo, a Justiça entendeu que os policiais tentaram socorrer Claudia imediatamente, colocando-a na viatura para levá-la a uma unidade de saúde, enquanto enfrentavam a hostilidade dos moradores da comunidade.
A absolvição dos PMs foi embasada em depoimentos de testemunhas, incluindo um delegado e uma enfermeira, que corroboraram a versão de que os policiais agiram para tentar socorrer Claudia. O processo também mantém o pedido de prisão preventiva contra Ronald Felipe dos Santos, apontado como um dos criminosos envolvidos no incidente e atualmente foragido.
Após a morte de Claudia, o governo do Rio de Janeiro fez um acordo com a família dela para o pagamento de uma indenização por danos morais e materiais, embora o valor não tenha sido divulgado. Os beneficiários foram o então marido e os quatro filhos de Claudia.
