O serviço de lotação em Porto Alegre está enfrentando uma ameaça séria de encerramento de suas operações devido à ausência de subsídios por parte da prefeitura. O presidente da Associação dos Transportadores de Passageiros por Lotação (ATL), Magno Isse, expressou sua preocupação com as negociações em curso, sugerindo a necessidade urgente de subsídios para manter o serviço em funcionamento.
Isse propõe que as lotações recebam um subsídio de 10% do valor destinado aos ônibus. Ele enfatiza que simplesmente aumentar as tarifas não será suficiente para resolver o problema enfrentado pelo serviço. A tarifa das lotações atualmente é de R$ 8,00, enquanto a dos ônibus é de R$ 4,80. Isse alega que a tarifa real dos ônibus é de R$ 5,90, com a diferença sendo subsidiada pela prefeitura.
Apesar de manter passageiros cativos, como mulheres (60%) e idosos (20%), Isse ressalta que o sistema de lotação enfrenta competição significativa de aplicativos de transporte e transporte clandestino, o que prejudica sua operação.
Em resposta às preocupações levantadas pela ATL, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) afirmou que o transporte seletivo por lotação é independente para operar e, portanto, não pode receber subsídios do governo municipal. No entanto, a prefeitura destacou algumas medidas já adotadas, como a isenção do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) para as lotações por dois anos e a ampliação das formas de pagamento disponíveis para os usuários.
O desfecho das negociações entre a ATL, a prefeitura e a EPTC é aguardado com expectativa nos próximos 30 dias.



