SBD-RS alerta para riscos do bronzeamento artificial e repudia projeto de lei no RS – Notícias
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Foto: Freepik / Ilustrativa

SBD-RS alerta para riscos do bronzeamento artificial e repudia projeto de lei no RS

Prática é proibida pela Anvisa desde 2009 e aumenta o risco de câncer de pele

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A Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção do Rio Grande do Sul (SBD-RS) manifestou repúdio ao projeto de lei em tramitação na Assembleia Legislativa do Estado, que propõe autorizar o uso de máquinas de bronzeamento artificial para fins terapêuticos.

A prática é proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2009 para fins estéticos e classificada como cancerígena pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), sendo comparável ao tabaco e ao amianto em termos de risco.

O presidente da SBD-RS, Juliano Peruzzo, esclarece que a proposta confunde fototerapia com bronzeamento artificial, sendo que ambas envolvem radiação ultravioleta (UV), mas possuem finalidades distintas.

“As câmaras de bronzeamento artificial não são fototerapia. Esta última é uma técnica utilizada de forma controlada para tratar doenças como psoríase e vitiligo, enquanto o bronzeamento artificial expõe a pele à radiação UV sem controle, oferecendo riscos graves à saúde”, alerta Peruzzo.

A SBD destaca que não há benefícios terapêuticos comprovados no bronzeamento artificial, enquanto os riscos são amplamente documentados. Apenas uma sessão de exposição pode aumentar em 20% o risco de melanoma, e, antes dos 35 anos, esse risco sobe para 59%.

O projeto de lei justifica a liberação do bronzeamento artificial para tratamento de doenças dermatológicas e como auxílio na regulação do ciclo circadiano e da produção de serotonina. No entanto, a SBD-RS alerta que os danos da radiação UV são cumulativos e que há métodos seguros e eficazes já disponíveis para tratar essas condições.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia Nacional já se manifestou contrária a propostas semelhantes em outros estados, como Rio de Janeiro e Paraíba, onde foram rejeitadas por questões de saúde pública.

Diante disso, a SBD-RS solicita ao Poder Legislativo que priorize a segurança da população e mantenha a proibição do uso de câmaras de bronzeamento artificial no Estado.

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