Justiça concede regime semiaberto à madrasta condenada pela morte de Bernardo Boldrini – Notícias
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Justiça concede regime semiaberto à madrasta condenada pela morte de Bernardo Boldrini

Graciele foi condenada por homicídio quadruplamente qualificado e ocultação de cadáver, ao lado do pai da criança, Leandro Boldrini, e dos irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz

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Graciele Ugulini, condenada a 34 anos e sete meses de prisão pela morte do menino Bernardo Boldrini, em 2014, teve progressão para o regime semiaberto autorizada pela Justiça do Rio Grande do Sul. A decisão foi anunciada na noite de quinta-feira (17) pelo juiz Geraldo Anastácio Brandeburski Júnior, da 2ª Vara de Execuções Criminais da Comarca de Porto Alegre. A ré, que atualmente está presa no Presídio Estadual Feminino Madre Pelletier, deverá ser transferida em até cinco dias para uma penitenciária compatível com o novo regime.

A sentença reconhece que Graciele cumpriu mais de 13 anos da pena em regime fechado, além de apresentar bom comportamento e envolvimento em atividades laborativas e educacionais, requisitos previstos na Lei de Execuções Penais para a progressão. O pedido de prisão domiciliar, também feito pela defesa, foi novamente negado. Para o juiz, ainda é cedo para uma medida menos restritiva, já que os crimes foram considerados de alta gravidade, envolvendo violência e vítima vulnerável.

Graciele foi condenada por homicídio quadruplamente qualificado e ocultação de cadáver, ao lado do pai da criança, Leandro Boldrini, e dos irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz. O caso chocou o país em 2014, quando o corpo do menino, então com 11 anos, foi encontrado em uma cova em Frederico Westphalen, no Norte do Estado, após ser dado como desaparecido. O crime teve como motivação conflitos familiares e envolveu o uso de medicação para dopar a vítima.

O primeiro julgamento do caso ocorreu em 2019, resultando na condenação dos quatro réus. Em 2021, no entanto, a sentença de Leandro foi anulada, sob o argumento de desequilíbrio entre acusação e defesa. No novo júri, realizado em 2023, ele foi condenado a 31 anos e oito meses de prisão e atualmente cumpre pena em regime semiaberto, em Santa Maria.

Edelvânia Wirganovicz também cumpre pena em regime semiaberto, mas está em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica devido à falta de vagas nos presídios. Já Evandro Wirganovicz teve sua pena de nove anos e meio extinta em janeiro deste ano e está em liberdade. Até o momento, a defesa de Graciele Ugulini não se manifestou sobre a decisão judicial.

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