A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara de Vereadores de Porto Alegre que investiga o incêndio na Pousada Garoa apresentou nesta semana o relatório final da investigação. A tragédia, que deixou 11 mortos em abril do ano passado, gerou um documento de 80 páginas com apontamentos sobre as responsabilidades civis e criminais pelo ocorrido.
O relatório indica que há elementos suficientes para o enquadramento do proprietário da pousada, André Kologeski, por responsabilidade civil e criminal, com possibilidade de dolo eventual — quando o agente assume o risco de produzir o resultado. A CPI também recomendou o afastamento de responsabilizações penais de Cristiano Roratto, ex-presidente da extinta FASC, e de Patrícia Mônaco, ex-fiscal de serviço. Além disso, o documento aponta falhas estruturais que contribuíram para a gravidade do incêndio.
A votação do relatório está marcada para a manhã desta quinta-feira (26), pelos 12 vereadores membros da comissão. Caso haja votos contrários ou divergentes, existe a possibilidade de ser apresentado um relatório paralelo, como já ocorreu em outras CPIs da Câmara, incluindo a que investigou irregularidades na Secretaria Municipal de Educação.



