O julgamento de um casal acusado de planejar a morte de uma vizinha idosa terá início às 9h desta quarta-feira (6) no plenário da 2ª Vara do Júri de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. O caso, que chocou a comunidade local, envolve o assassinato de Ilza Lima Duarte, de 77 anos, ocorrido em fevereiro de 2008, em um apartamento no Centro Histórico da capital.
A vítima era conhecida por seu envolvimento em ações sociais vinculadas à Igreja Anglicana. O corpo foi encontrado sem vida em sua residência, localizada em um edifício com entradas pela avenida Borges de Medeiros e pela rua Marechal Floriano.
Inicialmente, a morte foi tratada como decorrente de causas naturais. No entanto, amigas da vítima insistiram na reabertura das investigações, apontando inconsistências e sinais de violência. Uma nova perícia identificou marcas de estrangulamento, levando à reclassificação do caso como homicídio.
De acordo com o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), o crime teria sido premeditado por um professor universitário e sua companheira, uma dona de casa, ambos vizinhos da vítima. Eles teriam ganhado a confiança da idosa a ponto de serem nomeados como beneficiários em testamento, com direito a cinco imóveis. A suspeita é que o casal tenha decidido antecipar a morte da aposentada para tomar posse da herança. Após se tornarem alvos da investigação, renunciaram aos bens e negaram envolvimento no crime.
Outros três réus já foram julgados em 2019. Um auxiliar de serviços gerais foi condenado por ter confessado que recebeu dinheiro para executar o assassinato. Em troca, teria a promessa de ganhar um dos imóveis. Já o ex-porteiro do prédio e a empregada doméstica do casal foram absolvidos.