Fauna silvestre adere a pontes aéreas na ERS-040 e reduz risco de atropelamentos
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Foto: Divulgação EGR

Fauna silvestre adere a pontes aéreas na ERS-040 e reduz risco de atropelamentos

Relatório aponta mais de 4 mil registros de travessias de animais nas passagens suspensas entre setembro de 2024 e maio de 2025

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Quase três anos após a instalação das passagens aéreas para fauna na ERS-040, em Viamão, o projeto começa a apresentar resultados concretos. Segundo levantamento do Programa de Proteção e Monitoramento de Fauna (PPMF), mais de 4 mil registros de travessias de animais silvestres foram captados por câmeras com sensores de presença, indicando uma crescente adaptação às estruturas.

As pontes de corda, implantadas em outubro de 2022 pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), têm como objetivo preservar espécies como o bugio-ruivo (Alouatta guariba) — ameaçado de extinção — e reduzir acidentes envolvendo fauna na rodovia. Entre setembro de 2024 e maio de 2025, o monitoramento registrou 1.902 travessias de ouriços (Coendou sp.), 1.335 de bugios e 220 de gambás-de-orelha-branca (Didelphis albiventris).

Das 20 estruturas monitoradas ao longo de trechos críticos entre os quilômetros 13 e 42 da ERS-040, 19 já foram utilizadas por mamíferos arborícolas. Em algumas delas, embora não tenham sido captadas travessias, foi observada a presença de animais nas proximidades, o que sugere um processo de adaptação.

De acordo com o secretário estadual de Logística e Transportes, Juvir Costella, as passagens também têm impacto positivo na segurança viária. “A redução de atropelamentos representa não apenas um ganho ambiental, mas também um avanço importante para quem trafega pela região”, destacou.

Para o diretor-presidente da EGR, Luís Fernando Vanacôr, os resultados comprovam a eficácia do investimento. “São milhares de animais atravessando com segurança. Isso mostra que os passadores aéreos estão cumprindo sua função ecológica”, afirmou.

O relatório do PPMF ainda testou variáveis como distância entre pontes, cobertura vegetal e número de cordas, mas concluiu que o principal fator de uso parece ser a presença prévia da fauna no entorno, mais do que o desenho das estruturas.

O projeto segue em acompanhamento e, segundo os técnicos, pode servir de modelo para outras rodovias com presença significativa de fauna arborícola.

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