A mulher de 22 anos envolvida em um grave episódio em Santo Ângelo, no qual arremessou a própria filha de uma janela do segundo andar, não ficará presa durante o processo judicial. A Justiça decidiu rejeitar o pedido de prisão preventiva apresentado pelo Ministério Público, optando por liberdade provisória vinculada a medidas cautelares.
Internada desde o último domingo (3) no setor psiquiátrico do Hospital Regional das Missões, a jovem permanecerá sob cuidados médicos e só poderá deixar a instituição mediante autorização médica. O advogado de defesa, Valdir Fontoura de Souza Júnior, confirmou que a decisão garante o direito à liberdade desde que ela continue em tratamento.
A intenção, segundo o defensor, é que, após a alta, a mulher se mude para Santa Catarina, onde deve residir com a mãe e seguir em acompanhamento psicológico. A defesa também destacou que ela já apresentava um quadro severo de depressão antes do ocorrido, embora ainda não exista diagnóstico formal sobre o transtorno mental.
Caso segue sob investigação por tentativa de homicídio
O caso causou grande repercussão após imagens de câmeras de segurança registrarem o momento em que a bebê foi lançada da sacada do prédio. O pai da criança, que estava na calçada, conseguiu agarrá-la no ar, evitando uma tragédia ainda maior. Logo depois, a mãe também saltou da janela, sofrendo fraturas no quadril e na perna.
A bebê saiu ilesa e está sob os cuidados do pai. A Polícia Civil trata o caso como tentativa de homicídio e seguirá a investigação com base nos laudos psiquiátricos e nas imagens obtidas.
A jovem permanecerá em liberdade, mas submetida a condições judiciais, até a conclusão do processo. A Justiça busca garantir o equilíbrio entre a apuração do crime e a preservação da saúde mental da investigada.
Leia a nota da defesa da mulher
Diante dos fatos recentemente noticiados, a defesa informa que nossa constituinte encontra-se internada em unidade psiquiátrica hospitalar, sob acompanhamento médico especializado, após episódio de intensa desorganização psíquica.
Tanto ela, quanto sua filha menor sobreviveram e seguem em recuperação. Em razão da natureza sensível dos fatos e do evidente estado de vulnerabilidade de todos os envolvidos, requer-se o mais absoluto sigilo, bem como o tratamento respeitoso e humanizado por parte da imprensa e da sociedade.
Confiamos que a apuração se dará com a devida responsabilidade, considerando o contexto clínico e jurídico da situação.
Valdir Fontoura de Souza Junior
OAB/RS 102.243
Matheus Fagundes Maurer
OAB/RS 136.071
Com informações Correio do Povo