A Portela informou, nesta terça-feira (30), a morte do cantor Gilsinho, intérprete oficial da escola desde 2006. Ele tinha 55 anos e faleceu em decorrência de complicações após um procedimento cirúrgico.
Segundo amigos, Gilsinho havia passado por uma cirurgia bariátrica na última semana. Recebeu alta no sábado (27), mas apresentou complicações a partir desta segunda-feira.
Com voz potente e marcante, Gilsinho se tornou uma das referências da avenida, conquistando o público desde o esquenta para os desfiles. Além da Portela, também defendeu a Tom Maior, no carnaval de São Paulo. Era filho de Jorge do Violão, que integrou a Velha Guarda portelense nas décadas de 1970 e 1980, e afilhado do compositor Casquinha.
Ao longo da carreira, protagonizou momentos de grande emoção. Em 2024, deu vida a “Maria Maria”, na homenagem da Portela a Milton Nascimento. Em anos anteriores, já havia cantado pontos para Xangô e reverenciado Clara Nunes. Seu grito de guerra — “Vai na Ginga, Portela!” — tornou-se marca registrada.
Gilsinho também brilhou no carnaval paulistano. Em 2015, foi campeão com a Vai Vai, em enredo dedicado a Elis Regina. Em 2017, esteve presente no título histórico da Portela.
A agremiação decretou luto de três dias. “Sua voz embalou momentos inesquecíveis, emocionou gerações e marcou profundamente o Carnaval do Brasil. Ele representou com maestria a nossa tradição, levando o nome da Portela com respeito, talento e paixão”, destacou a escola em nota oficial.