O ônibus de turismo que se envolveu em um grave acidente no Centro Histórico de Porto Alegre, no último dia 3, estava circulando com peso acima do permitido, segundo informações divulgadas pela Polícia Civil. De acordo com o levantamento, o veículo pesava cerca de 25 toneladas, somando a estrutura e os 57 ocupantes, mais do que o dobro do limite de 12 toneladas autorizado para o trecho onde ocorreu a colisão.
O Instituto-Geral de Perícias (IGP) deve encaminhar até o fim desta semana o laudo técnico que vai apontar as causas exatas do acidente e verificar a existência de falhas mecânicas. Mesmo que o documento aponte erro humano, a Polícia Civil adiantou que o motorista não deverá ser indiciado criminalmente, já que o caso é tratado como lesão corporal culposa, sem intenção de causar danos. O condutor estava habilitado e sóbrio no momento da ocorrência.
O acidente
O coletivo transportava 55 estudantes e duas monitoras em uma excursão escolar de Vacaria com destino ao Palácio Piratini, sede do governo estadual. O motorista teria parado o veículo na Rua Espírito Santo após encostar em fios elétricos. Câmeras de segurança mostram o momento em que o ônibus desce desgovernado pela via enquanto o condutor estava do lado de fora.
Durante a descida, o veículo atingiu dez carros estacionados e acabou pegando fogo. As chamas se espalharam rapidamente e atingiram a fachada e apartamentos de um prédio residencial. Passageiros registraram o momento em vídeo, mostrando a fuga desesperada dos adolescentes — alguns pularam sobre carros para escapar do incêndio.
Apesar da gravidade, ninguém ficou ferido com gravidade. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, 12 pessoas receberam atendimento médico.
A empresa responsável pela viagem informou, em nota, que prestou assistência completa aos passageiros e reforçou seu compromisso com a segurança. Os estudantes retornaram a Vacaria ainda na madrugada do dia 4.
Os moradores do edifício atingido precisaram deixar o local durante o incêndio, mas, após uma vistoria técnica no dia seguinte, o prédio foi liberado para o retorno dos residentes.
