O Banco Central colocou em funcionamento nesta quarta-feira (1º) o botão de contestação do Pix, recurso que promete facilitar a vida de quem foi vítima de fraude, golpe ou até mesmo coerção durante transferências instantâneas. A solicitação pode ser feita diretamente no aplicativo da instituição financeira do usuário, sem necessidade de ligações para centrais de atendimento.
A novidade faz parte do Mecanismo Especial de Devolução (MED), criado em 2021, mas que agora passa a funcionar de maneira totalmente digital. Assim que o cliente aciona o pedido, o banco do suspeito é notificado imediatamente e deve bloquear os valores disponíveis — ainda que apenas de forma parcial. A análise do caso pode durar até sete dias úteis e, caso seja confirmada a fraude, a devolução deve ocorrer em até 11 dias após a contestação.
Segundo o Banco Central, o novo formato aumenta as chances de recuperar o dinheiro antes que ele seja movimentado para outras contas. A medida, no entanto, não vale para situações como desacordos comerciais, arrependimento em compras ou erros de digitação de chave Pix.
Outra atualização do MED está prevista para 23 de novembro: a devolução poderá ser feita a partir de contas diferentes daquelas usadas pelo fraudador, mecanismo que se tornará obrigatório em fevereiro de 2026. A mudança busca rastrear o caminho do dinheiro e ampliar as chances de recuperação dos valores desviados.
Com as melhorias, a expectativa do Banco Central é de que o sistema se torne mais efetivo no combate a golpes virtuais, dificultando o uso de contas bancárias para práticas criminosas.