Policiais Civis de todo o Rio Grande do Sul realizam, nesta terça-feira (11), uma paralisação estadual para cobrar reposição salarial e valorização da categoria. A mobilização foi convocada pela UGEIRM Sindicato, que reivindica a inclusão da revisão geral de 15,2% para os servidores públicos no orçamento estadual de 2026.
Além da recomposição salarial, o movimento também busca avançar em pautas históricas da categoria, como a retomada da simetria com os capitães da Brigada Militar, a publicação das promoções, a melhoria das condições de trabalho e da infraestrutura das delegacias, e a restauração da paridade nas aposentadorias, proposta que integra a Emenda da COBRAPOL à PEC da Segurança Pública.
A paralisação acontece em conjunto com outros setores do funcionalismo, entre eles os professores da rede pública estadual, que também reivindicam reposição salarial.
Segundo a direção da UGEIRM, a mobilização pretende expor à sociedade a realidade enfrentada pelos policiais civis, marcada por estruturas precárias, efetivo reduzido e defasagem salarial histórica. “Por trás dos bons resultados no combate à violência, existe uma polícia sucateada: prédios deteriorados, servidores exaustos e adoecidos pela sobrecarga de trabalho”, afirma a diretora do sindicato, Neiva Carla Back.
O vice-presidente da entidade, Fábio Castro, reforça que o movimento marca uma nova etapa na luta da categoria: “Esse dia de paralisação será um impulso para nossa mobilização”, declarou.
Durante o dia de paralisação, a orientação do sindicato é para que os policiais interrompam parcialmente suas atividades e realizem atos públicos em frente às delegacias, dialogando com a população sobre as reivindicações.
A direção da UGEIRM também informou que novas mobilizações estão previstas até o fim de 2025, incluindo protestos em agendas públicas do governador Eduardo Leite, uma carreata em Porto Alegre e uma Marcha da Polícia Civil, que deve ocorrer nas próximas semanas.



