A Prefeitura de Porto Alegre deu mais um passo importante em sua política de proteção social. Foi assinado, nesta terça-feira (11) o termo de execução que garante a realização da quarta edição do Censo da População em Situação de Rua (PSR), em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Fundação Empresa-Escola de Engenharia da UFRGS (Feeng).
O projeto representa um investimento de R$ 1,93 milhão, dentro de um pacote de R$ 11,3 milhões voltados à reconstrução social e ao desenvolvimento humano na Capital. Os recursos são provenientes do contrato nº 5750/OC-BR, firmado entre o Município e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Com duração estimada de 18 meses, o censo tem como objetivo produzir um diagnóstico completo e baseado em evidências sobre a população em situação de rua em Porto Alegre. O levantamento abordará perfil socioeconômico, causas da vulnerabilidade, acesso a serviços públicos e caminhos para a reinserção social.
O secretário municipal de Inclusão e Desenvolvimento Humano, Juliano Passini, destacou que a iniciativa representa um marco na qualificação das políticas públicas. “Com este levantamento técnico e em parceria com a UFRGS, estamos investindo em inteligência social. O censo vai nos proporcionar números fidedignos e orientar para que cada política, ação e recurso sejam direcionados onde realmente há necessidade. É uma ferramenta estratégica para reconstruir, com base em dados, o futuro de quem mais precisa”, afirma Passini.
O secretário municipal de Assistência Social, Matheus Xavier, ressaltou a importância do levantamento como ferramenta estratégica para aprimorar as políticas públicas voltadas à população em situação de rua. “É fundamental termos dados precisos para ampliar nossas ofertas de serviços e garantir que cada vez mais pessoas possam superar essa condição. Nosso trabalho no governo tem esse propósito: promover autonomia e dignidade, porque essas pessoas merecem reconstruir suas vidas”, afirmou.
Gestão – Já o secretário-adjunto de Planejamento e Gestão, Jonas Machado, enfatizou o compromisso da gestão em transformar o diagnóstico em ações concretas. “Tiramos este projeto do papel, e isso só foi possível graças ao empenho de toda a equipe envolvida. Não podemos normalizar a realidade que vemos nas ruas. Sabemos que Porto Alegre não enfrenta a situação mais crítica do país. Ainda assim, é preciso se indignar e é por isso que priorizamos este censo”, disse.
A iniciativa ganha relevância diante do cenário de vulnerabilidade ampliada pelas enchentes de maio de 2024, que impactaram diretamente Porto Alegre e diversas regiões do Estado. A partir dos dados gerados, o estudo vai subsidiar novas estratégias de governança, integrar políticas municipais e qualificar o atendimento oferecido pela prefeitura e pela rede de proteção social.
