Uma creche particular em Alvorada, na Região Metropolitana de Porto Alegre, é investigada após denúncias de que crianças teriam sido medicadas de forma irregular para mantê-las calmas durante o período em que permaneciam na instituição. O caso é apurado pela Polícia Civil, com acompanhamento do Ministério Público, Conselho Tutelar e Vigilância Sanitária.
As denúncias partiram de pais e responsáveis, que relataram mudanças no comportamento das crianças, como sonolência excessiva e apatia. A suspeita é de que medicamentos teriam sido administrados sem prescrição médica e sem autorização formal das famílias.
Investigação e interdição
De acordo com a Prefeitura de Alvorada, equipes da Vigilância Sanitária estiveram no local na manhã desta terça-feira e realizaram uma nova notificação, além de determinar a interdição do estabelecimento. Conforme o Executivo municipal, a escola já havia sido alvo de duas notificações anteriores devido a irregularidades na estrutura física e nos procedimentos adotados, mas seguia em funcionamento sem a devida autorização dos órgãos competentes.
A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar possível administração irregular de medicamentos e outras eventuais infrações relacionadas aos direitos da criança e do adolescente.
O que diz a polícia
A reportagem conversou com a delegada responsável pelo caso, delegada Caroline Terres, que informou que a investigação está em uma fase inicial. Segundo ela, neste momento, a polícia está ouvindo mães e professoras da instituição, além de reunir outros elementos que possam esclarecer os fatos.
A delegada destacou que o trabalho busca entender a dinâmica do funcionamento da creche, a conduta adotada no cuidado com as crianças e se houve, de fato, a administração indevida de medicamentos.
Posicionamento da creche
Após a repercussão do caso, a defesa da Escola de Educação Infantil Rafa Kids divulgou uma nota negando as acusações. Segundo o escritório Land Assessoria Jurídica, responsável pela defesa da instituição, não procede a alegação de que medicamentos tenham sido administrados em crianças sem prescrição médica e autorização dos responsáveis.
Ainda conforme a nota, a escola afirma seguir rigorosamente as normas sanitárias, pedagógicas e legais, e declarou estar à disposição das autoridades para colaborar com a apuração dos fatos.
Próximos passos
As investigações seguem em andamento e não há, até o momento, conclusão oficial sobre as denúncias. Novas informações devem ser divulgadas conforme o avanço do inquérito policial.



