Presença de águas-vivas é registrada no litoral Norte do RS no início do verão
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Foto: Freepik / ilustrativa

Presença de águas-vivas é registrada no litoral Norte do RS no início do verão

Banhistas e surfistas relatam contato com os animais em praias como Imbé e Tramandaí

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O litoral Norte do Rio Grande do Sul já registra a presença de águas-vivas no mar, fenômeno comum no período do verão e que voltou a ser percebido por banhistas e surfistas nos últimos dias. Em praias como Imbé e Tramandaí, houve relatos de contato com os animais ao longo do sábado (20), especialmente durante a tarde.

De acordo com dados históricos do Corpo de Bombeiros Militar do RS, o verão passado contabilizou quase 100 mil atendimentos por acidentes envolvendo águas-vivas, sendo a maior parte concentrada justamente no litoral Norte. A ocorrência está diretamente relacionada a fatores ambientais, como ventos favoráveis, temperatura elevada da água, que pode chegar a 26 °C, e mares mais calmos, com menor circulação de correntes.

O aquecimento do mar também favorece o aumento do fitoplâncton, principal fonte de alimento desses organismos, o que contribui para a proliferação e reprodução dos cnidários. Crianças e surfistas costumam estar entre os mais afetados, por permanecerem mais tempo dentro da água.

Apesar do desconforto causado, as águas-vivas desempenham um papel importante no equilíbrio do ecossistema marinho, atuando como predadoras de pequenos organismos e servindo de alimento para espécies como as tartarugas marinhas. O contato com a pele não provoca queimadura propriamente dita, mas a liberação de uma substância urticante pelos tentáculos gera a sensação semelhante a uma queimadura.

A orientação da Secretaria Estadual da Saúde é que o atendimento inicial realizado pelos guarda-vidas costuma ser suficiente. O procedimento indicado inclui lavar o local com água do mar, remover cuidadosamente os tentáculos sem esfregar, aplicar vinagre, utilizar compressas frias e manter a vítima calma. Não é recomendado usar água doce, substâncias caseiras ou manipular animais mortos na areia, pois ainda podem provocar acidentes.

Durante a temporada de verão, as guaritas de salvamento dispõem de vinagre e utilizam bandeiras roxas para alertar sobre grande concentração de águas-vivas. Até o fim da tarde deste domingo (21), não havia divulgação oficial de números de atendimentos relacionados ao tema, que costumam ser incluídos nas estatísticas gerais do veraneio.

No litoral gaúcho, as espécies mais frequentes incluem a Olindias sambaquiensis, que causa queimaduras, a Physalia physalis (caravela-portuguesa), considerada perigosa, além da Lychnorhiza lucerna, de grande porte e inofensiva. Também são comuns espécies menores como Porpita e Velella, além da chamada água-viva choco, típica da região e sem risco para humanos.

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