Suspeita de medicação para manter crianças calmas leva creche em Alvorada a ser investigada
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Foto: Reprodução/Internet

Suspeita de medicação para manter crianças calmas leva creche em Alvorada a ser investigada

Denúncia aponta possível uso de medicamentos sem autorização dos responsáveis para controlar comportamento de alunos

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Uma creche localizada em Alvorada, Região Metropolitana de Porto Alegre, está sendo investigada pelas autoridades após a suspeita de que crianças atendidas na instituição teriam recebido medicamentos para permanecerem mais calmas durante o período escolar. O caso é apurado pela Polícia Civil, com acompanhamento do Ministério Público, e levanta preocupação sobre possíveis irregularidades no cuidado com os alunos.

A investigação teve início após denúncias apontarem que substâncias medicamentosas estariam sendo administradas às crianças sem prescrição médica e sem o conhecimento ou autorização dos pais ou responsáveis. De acordo com as informações apuradas até o momento, os medicamentos teriam como objetivo controlar o comportamento das crianças dentro da creche.

Apuração e medidas iniciais

Após o recebimento da denúncia, as autoridades passaram a reunir depoimentos e documentos para esclarecer os fatos. Entre os pontos investigados estão quais medicamentos teriam sido utilizados, quem autorizou a administração, de que forma os remédios eram oferecidos às crianças e se houve participação de profissionais da área da saúde no processo.

A Polícia Civil também busca identificar se houve risco à saúde dos menores e se a prática ocorreu de forma recorrente. Caso confirmadas as irregularidades, os responsáveis poderão responder por crimes relacionados à exposição de crianças a perigo e outras infrações previstas em lei.

Acompanhamento de órgãos públicos

O Conselho Tutelar foi acionado e acompanha o caso, prestando orientação às famílias e avaliando possíveis medidas de proteção às crianças. A Secretaria de Educação também foi informada sobre a investigação e pode adotar providências administrativas, dependendo do andamento e das conclusões da apuração.

Especialistas alertam que a administração de medicamentos em ambiente escolar só pode ocorrer mediante prescrição médica e autorização expressa dos responsáveis, além de protocolos rígidos de controle. O descumprimento dessas regras pode causar sérios danos à saúde física e emocional das crianças.

Reação de pais e responsáveis

A denúncia causou apreensão entre pais e responsáveis, que cobram respostas e transparência por parte da instituição. Muitos relataram surpresa com as informações e afirmaram não ter sido comunicados sobre qualquer tipo de medicação aplicada nos filhos durante o período em que frequentavam a creche.

Após a repercussão do caso, a defesa da Escola de Educação Infantil Rafa Kids divulgou uma nota negando as acusações. Segundo o escritório Land Assessoria Jurídica, responsável pela defesa da instituição, não procede a alegação de que crianças tenham sido medicadas sem prescrição médica.

Ainda conforme a nota, a escola afirma seguir rigorosamente as normas sanitárias, pedagógicas e legais, e sustenta que qualquer administração de medicamento só ocorre com autorização expressa dos responsáveis e prescrição médica, quando necessária. A instituição também declarou que está à disposição das autoridades para colaborar com a apuração dos fatos.

As investigações seguem em andamento, e novas informações devem ser divulgadas à medida que a apuração avançar.

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