O Brasil perdeu, na noite deste sábado (30), Luis Fernando Verissimo. O escritor morreu aos 88 anos, no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, onde estava internado havia quase duas semanas.
Veríssimo enfrentava um quadro de pneumonia e vinha apresentando problemas de saúde desde janeiro de 2021, quando sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC). De acordo com a família, Verissimo foi internado no início de agosto e teve o estado clínico agravado no último dia 17. Desde então, permanecia na UTI, recebendo suporte intensivo.
O falecimento foi confirmado pelo hospital em nota oficial. Informações sobre o velório ainda não foram divulgadas, mas há expectativa de que a despedida ocorra na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.
Filho do também escritor Érico Verissimo, Luis Fernando construiu uma carreira diversa e multifacetada. Ao longo das décadas, atuou como cartunista, tradutor, roteirista, publicitário, revisor, dramaturgo e romancista. Dono de um humor afiado e de uma escrita leve, conquistou gerações de leitores e se tornou referência no cenário literário brasileiro.
Foram mais de 80 livros publicados, entre eles clássicos como “As Mentiras que os Homens Contam”, “O Popular”, “A Grande Mulher Nua” e “Ed Mort e Outras Histórias”. Com “O Analista de Bagé”, lançado em 1981, Verissimo viu a primeira edição esgotar em apenas uma semana, confirmando seu prestígio.
Além das letras, era apaixonado por música e dedicava-se ao saxofone, instrumento que tocava com o mesmo encanto com que escrevia.
Verissimo deixa a esposa Lúcia Helena, os filhos Pedro, Mariana e Fernanda, e os netos Lucinda e Davi. Sua obra, marcada por inteligência, ironia e olhar crítico sobre a sociedade, permanece como um dos patrimônios da literatura brasileira.