A Polícia Civil do Rio Grande do Sul investiga a morte de Jane Beatriz da Silva, ativista negra e servidora pública que faleceu durante uma ação da Brigada Militar em Porto Alegre na última terça-feira (8/12).
Jane atuava na ONG Themis, que promove ações em defesa dos direitos humanos. Ela voltava do mercado para a própria residência, na Vila Cruzeiro, quando viu os policiais da Brigada tentando entrar em sua casa.
As primeiras informações eram de que Jane teria caído da escada de casa, e de que a queda teria provocado o rompimento espontâneo de um aneurisma cerebral.
No entanto, testemunhas informaram à Polícia Civil que Jane foi empurrada da escada por um militar. As informações são do jornal O Globo. A Brigada Militar disse ao veículo que foi até a casa da ativista para apurar uma denúncia de maus-tratos a crianças, que não foi confirmada.
Após a queda, a ativista foi colocada na viatura e encaminhada para um posto de saúde, mas não resistiu ao ferimento. A advogada de Jane, Marcia Soares, criticou a ação dos policiais, que não chamaram o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu).
Além disso, Marcia informou que ao menos três testemunhas defendem a versão de que Jane foi empurrada. Uma vizinha da ativista, Marilene Ferreira de Souza, afirmou ao G1 que cerca de 15 policiais estavam na frente da casa. “Ela perguntou o que eles estavam fazendo. Empurraram ela com a arma, ela resvalou e caiu no pé deles”, afirmou.
A reportagem tenta contato com a Polícia Civil e com a Brigada Militar do Rio Grande do Sul. (Metrópoles)