Supostas informações privilegiadas vendidas a criminosos estão sob investigação no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS). A instituição tomou medidas disciplinares, afastando 14 estagiários e iniciando investigações sobre sete servidores suspeitos de vazar detalhes de operações policiais a associações criminosas.
Durante uma extensa investigação revelou-se alegações de que cobravam até R$ 3 mil por informações que deveriam ser restritas a juízes, servidores do tribunal e autoridades policiais.
O Núcleo de Inteligência do TJ acompanhou essas investigações e, em alguns casos, auxiliou na identificação dos vazamentos. Em outubro, três operações policiais e do Ministério Público que resultaram em 20 mandados de busca e apreensão e três prisões, ocorrendo em nove cidades do estado e na cidade de Cachoeirinha, dois suspeitos, um ex-estagiário e uma servidora do fórum, alegadamente vazaram informações cruciais de uma operação que visava cumprir 78 ordens judiciais, incluindo 41 prisões, em troca de R$ 3 mil por informação.
A investigação está agora concentrada em apurar a quantidade de operações comprometidas pelo vazamento de informações, ressaltando a importância das ações policiais sigilosas. A promotoria especializada Criminal de Porto Alegre e outras autoridades continuam a investigar os detalhes dessas atividades ilícitas.
Além disso, foi descoberto que advogados ligados a uma facção criminosa também tiveram acesso antecipado a ordens judiciais, prejudicando operações em outras regiões do estado. O compartilhamento de senhas e a prática de extorsão por criminosos envolvidos nos casos também estão sob investigação. O TJ-RS implementou medidas para lidar com esses problemas, incluindo o afastamento dos envolvidos e a troca de senhas de acesso ao sistema.
