Durante uma recente operação da Polícia Federal nos endereços do vereador carioca Carlos Bolsonaro, um dos destaques foi um computador peculiarmente nomeado de “computador guardião”. Este dispositivo, entre os nove apreendidos, chamou atenção por ter instruções explícitas para não se conectar à internet, conforme relatado pelos agentes envolvidos na ação. A busca ocorreu no gabinete de Carlos Bolsonaro na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro.
Investigadores estão considerando o “computador guardião” como uma peça-chave para entender melhor o possível envolvimento do clã Bolsonaro na suposta operação conhecida como “Abin Paralela“. O material apreendido foi transferido para Brasília na terça-feira seguinte à operação e há expectativas de que o equipamento possa conter dados sigilosos que ajudem na elucidação do caso.
Na mesma operação, realizada na segunda-feira, Carlos Bolsonaro foi alvo de investigações da Polícia Federal, que fazem parte de um inquérito sobre a alegada utilização irregular da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar opositores do clã Bolsonaro, jornalistas e até mesmo autoridades, incluindo ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com informações obtidas pelo Metrópoles, há suspeitas de que o vereador tenha recebido informações provenientes da suposta “Abin Paralela“, que se acredita ter sido responsável por atividades de monitoramento ilegal durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Além de Carlos Bolsonaro, o deputado federal Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin entre julho de 2019 e março de 2022, também foi alvo da Operação Vigilância Aproximada, devido ao seu suposto envolvimento no esquema de espionagem ilegal.
Com a informação Metrópoles.



