Detran-RS: servidor é preso em operação contra vazamento de dados a facção criminosa em Porto Alegre
Foto: Polícia Civil

Detran-RS: servidor é preso em operação contra vazamento de dados a facção criminosa em Porto Alegre

Operação Kynos Desarticula Fraudes e Clonagem de Veículos

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Um servidor público foi detido preventivamente por vazar informações confidenciais do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RS) para uma facção sediada no bairro Bom Jesus, na zona Leste de Porto Alegre. Ele é um dos alvos da Operação Kynos, desencadeada nesta terça-feira, que já resultou na prisão de quatro pessoas.

A operação incluiu buscas na sede do Detran-RS, localizada na rua Washington Luiz, no Centro Histórico da Capital, e nas residências dos suspeitos, abrangendo também Canoas e o sistema prisional em Charqueadas, onde um detento supervisionava o esquema.

O próprio Detran teria denunciado o servidor, que supostamente atuava sob ordens da organização criminosa para regularizar veículos ilegais. As investigações da Polícia Civil apontam seu envolvimento em crimes como falsificação de documentos públicos e privados, clonagem de automóveis, violação de sigilo profissional e estelionato.

O delegado Fernando Sodré enfatizou a colaboração efetiva do Detran-RS com as investigações. “O Detran-RS é uma vítima, e as investigações foram iniciadas pela Corregedoria do Detran, que está nos auxiliando”, afirmou.

A operação mobilizou 40 agentes e três delegados do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), com apoio de 12 viaturas, para cumprir oito mandados de busca e seis ordens de prisão preventiva.

A ação é resultado de 15 meses de investigações coordenadas pela 1ª Delegacia de Combate à Corrupção do Deic, sob liderança do delegado Max Otto Ritter. Suspeita-se que o servidor do Detran-RS tenha fornecido informações privilegiadas e senhas ao grupo criminoso.

“Serão realizados interrogatórios dos alvos e análise dos objetos apreendidos para comprovar a materialidade dos crimes e os indícios de autoria dos integrantes da organização criminosa”, ressaltou Max Otto Ritter. O esquema seria dirigido por um detento na Penitenciária Estadual do Jacuí (Pej), conhecido como ‘Cris’ ou ‘Alemão’, que também foi alvo de mandado de prisão preventiva.

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