Dez presos em operação que desarticula maior quadrilha de roubo de cargas no RS – Notícias
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Foto: Polícia Civil

Dez presos em operação que desarticula maior quadrilha de roubo de cargas no RS

Grupo liderado por irmãos atuava em diversos municípios e causava prejuízo de R$ 3 milhões com mais de 40 crimes

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A Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu, nesta quarta-feira (15), dez integrantes de uma quadrilha especializada em roubos de carga, considerada a maior do estado. A ação, chamada Operação Rescaldo, aconteceu em Cachoeirinha, Viamão e São Leopoldo e contou com a participação de 16 agentes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

Entre os presos estão os líderes do esquema, um homem e uma mulher, irmãos, que tinham funções estratégicas na organização criminosa. O grupo é acusado de realizar 40 roubos de cargas de cigarros desde 2023, acumulando prejuízo superior a R$ 3 milhões.

Modus operandi detalhado

O esquema era sofisticado e envolvia infiltração em empresas de transporte de cargas. Enquanto o líder trabalhava como motorista em uma dessas empresas, a irmã tinha acesso privilegiado a informações de rotas e segurança, devido ao emprego em um grupo de gerenciamento de risco.

Os crimes começavam com dois integrantes armados, que usavam uma caminhonete roubada e com placas clonadas para abordar os caminhões de carga. Após render o motorista, eles o levavam a um local ermo, transferiam os produtos para o veículo da quadrilha e liberavam o condutor.

Para dificultar o rastreamento, os criminosos utilizavam placas sobrepostas no veículo, trocando-as durante a fuga. Além disso, revestiam o interior do automóvel com papel alumínio para neutralizar dispositivos de rastreamento.

Conexões e antecedentes

O delegado Eibert Moreira Neto, diretor da Divisão de Investigação do Deic, destacou que a quadrilha tem vínculos com outras organizações criminosas e envolvimento em crimes como homicídios e tráfico de drogas.

Os roubos ocorreram em diversas cidades do estado, incluindo Eldorado do Sul, Gravataí, Porto Alegre, Canoas, Novo Hamburgo e Guaíba. Segundo as investigações, cerca de 20 pessoas faziam parte da rede criminosa.

A operação foi um desdobramento da Operação Mellarius, realizada há quase um ano, que também teve como alvo o mesmo grupo. As investigações seguem para identificar outros envolvidos no esquema.

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