A Polícia Civil do Maranhão confirmou, nesta quarta-feira (30), que o ovo de Páscoa ingerido por uma mãe e seus dois filhos em Imperatriz continha chumbinho, um pesticida altamente tóxico e de uso clandestino no Brasil. A confirmação veio após a conclusão do laudo pericial do Instituto de Criminalística, que detectou a substância no chocolate, nos corpos das vítimas e também em materiais encontrados com a suspeita Jordélia Pereira, presa desde o início da investigação.
A tragédia ocorreu após a mãe e os filhos, de 7 e 13 anos, consumirem o chocolate supostamente enviado como presente. Pouco tempo depois, os três passaram mal. Os irmãos Evely Fernanda Rocha Silva e Luís Fernando Rocha Silva não resistiram à intoxicação. Segundo os médicos, Evely morreu por choque vascular e falência múltipla dos órgãos, enquanto o irmão faleceu poucas horas depois. A mãe, única sobrevivente, se recupera do envenenamento.
Jordélia confessou ter enviado o ovo à família, mas nega ter colocado veneno no produto. Ainda assim, com base no laudo técnico e nas evidências coletadas, a polícia concluiu o inquérito e vai indiciá-la por duplo homicídio qualificado e tentativa de homicídio. O caso chocou a população de Imperatriz e acendeu o alerta para o uso criminoso de substâncias tóxicas, além da importância de investigar a motivação por trás do ato.