Após recurso do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), a Justiça determinou o afastamento imediato do presidente da APAC de Passo Fundo, proibindo-o também de manter qualquer ligação com o sistema prisional ou exercer funções em entidades relacionadas. A decisão judicial ocorre no contexto da Operação Papillon, iniciada em 2024.
As investigações, lideradas pelo GAECO, revelaram que criminosos de alta periculosidade eram ilegalmente inseridos no sistema da APAC, o que permitia a atuação livre dessas pessoas, inclusive facilitando fugas e o retorno às práticas criminosas. O presidente afastado e mais cinco indivíduos foram formalmente denunciados por organização criminosa.
Segundo o promotor Diego Pessi, a apuração também revelou crimes como falsidade ideológica, tráfico de influência e fraude processual. Representantes da APAC estariam envolvidos na entrada ilegal de drogas, celulares e armas dentro das unidades prisionais.
O esquema teria contado com a conivência de responsáveis pela fiscalização da APAC, permitindo a cobertura de faltas e a intermediação de pedidos de facções criminosas junto a autoridades.
Com a informação MPRS.
