Em operação realizada nesta quinta-feira (08/05), a Polícia Civil do Rio Grande do Sul deu início à Operação Malus Doctor, voltada à investigação de fraudes contra bancos por meio do uso indevido de ações judiciais. O foco principal é um grupo que teria utilizado documentos falsificados para mover ações em nome de pessoas vivas e até de indivíduos já falecidos.
Foram cumpridos 74 mandados judiciais, com bloqueios de ativos, suspensão de advogados e apreensão de bens em Porto Alegre, Xangri-lá e Glorinha. O prejuízo gerado pelos atos ilegais está estimado em R$ 50 milhões, envolvendo tanto bens móveis quanto imóveis e contas bancárias.
As investigações revelam que os envolvidos atuavam prometendo revisão de empréstimos consignados, obtendo acesso a dados das vítimas e firmando procurações falsas. Com esses documentos, ingressavam com ações judiciais e, em vez de obter valores de restituição, contratavam novos empréstimos, enganando os beneficiários.
Um dos principais alvos é apontado como autor de 47% das ações contra instituições financeiras no RS. No total, 14 suspeitos respondem por crimes como fraude processual, documentação falsa, patrocínio infiel e associação criminosa. Três carros de luxo foram apreendidos e uma pessoa foi detida.
Com a informação PC.
