Mãe instala escuta em filho com Síndrome de Down e acusa escola de maus-tratos em Porto Alegre
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Foto: Imagem Ilustrativa / Caco Argemi / CPERS – Sindicato

Mãe instala escuta em filho com Síndrome de Down e acusa escola de maus-tratos em Porto Alegre

Nos áudios gravados, ela afirma ter identificado situações de humilhação, isolamento e até violência psicológica por parte de monitores e funcionários

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Uma mãe de Porto Alegre decidiu instalar uma escuta escondida no moletom do filho de 9 anos, que tem Síndrome de Down, após desconfiar de maus-tratos dentro da escola onde ele estudava desde a primeira série. Nos áudios gravados, ela afirma ter identificado situações de humilhação, isolamento e até violência psicológica por parte de monitores e funcionários. Segundo a mãe, o problema não envolvia os colegas, que tratavam o menino com respeito.

A situação chegou ao ápice na última quarta-feira (18), pois a direção da escola descobriu a escuta no dia anterior. A Brigada Militar foi acionada e os envolvidos foram encaminhados à delegacia e, posteriormente, a escola decidiu pela expulsão do aluno. Em uma notificação de rescisão de contrato, a instituição alegou “divergências pedagógicas e administrativas insuperáveis”, além de apontar episódios de perturbação da ordem, ameaças, difamações e até a gravação ilegal de professores e funcionários.

A mãe rebate as acusações e afirma que agiu para proteger o filho. Ela também relatou que a criança vinha sofrendo problemas recorrentes de saúde, como gripes frequentes e feridas no rosto, o que levantou suspeitas de negligência ou maus-tratos.

Outro episódio que gerou indignação na mãe foi uma reunião anterior em que a escola acusou o menino de um suposto abuso sexual contra uma monitora. De acordo com a mãe, a escola chegou a alegar que o aluno teria lambido partes íntimas da funcionária, o que ela considera uma acusação infundada e extremamente grave. O menino, segundo a família, chegou a ser isolado em sala de aula após o episódio, mesmo durante atividades como ensaios para a festa junina.

O caso agora está sendo acompanhado por órgãos de proteção à infância e pelas autoridades. A família busca outra escola para o menino, enquanto estuda medidas legais contra a instituição. A direção da escola foi procurada pela reportagem do Porto Alegre 24 Horas afirmou que as alegações apresentadas são “de caráter unilateral relatadas pela família”. A instituição afirma já tomou as medidas cabíveis e competentes e que todos os procedimentos correm em segredo de justiça.

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