O cenário digital tem sido palco de um aumento expressivo de fraudes financeiras, especialmente aquelas relacionadas a investimentos falsos. O Departamento Estadual de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DERCC) alerta que essas ações se tornaram mais complexas, afetando inclusive pessoas com elevado grau de instrução e familiaridade com tecnologia.
Segundo o delegado Eibert Moreira, os criminosos criam plataformas que simulam corretoras legítimas e se passam por consultores especializados. Com uso de dados pessoais e estratégias de engenharia social, oferecem aplicações que prometem retornos altos e rápidos. As vítimas visualizam “lucros” em criptomoedas ou outros ativos fictícios, o que estimula novos depósitos.
Ao longo do tempo, o valor investido cresce, mas o acesso ao saque desaparece. A vítima, então, percebe que caiu em um golpe já em estágio avançado. Moreira enfatiza que o registro do boletim de ocorrência, online ou presencial, é essencial para permitir a identificação dos autores e o bloqueio de contas envolvidas.
Para se proteger, recomenda-se verificar se a empresa está regularizada na CVM, desconfiar de promessas exageradas e não fazer transferências para plataformas sem reputação ou registro. A investigação patrimonial é um dos caminhos para reverter parte dos prejuízos.
Com a informação Polícia Civil.



