O GAECO do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) desencadeou, nesta terça-feira (24), a segunda fase da Operação Contas Abertas, voltada a desarticular um esquema de lavagem de dinheiro praticado por uma organização criminosa com ramificações no tráfico de drogas e armas.
A ação foi conduzida pelo promotor de Justiça Manoel Figueiredo Antunes, do 5º Núcleo do GAECO – Serra, com apoio da Brigada Militar e da Polícia Penal. Nesta etapa, foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão em Bento Gonçalves e Paim Filho. Um suspeito acabou preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo.
Segundo o Ministério Público, 16 pessoas são investigadas e já foram identificadas movimentações ilícitas superiores a R$ 2,2 milhões. A Justiça determinou o bloqueio de 224 contas bancárias, além da apreensão judicial de 12 imóveis e dois veículos. Também foram alvo da ofensiva duas empreiteiras e uma revenda de automóveis da Serra Gaúcha, suspeitas de envolvimento no esquema.
“O objetivo agora foi aprofundar a coleta de provas, localizar mais laranjas e verificar o real montante da lavagem de dinheiro, desarticulando os mecanismos financeiros dessa organização criminosa que atua há mais de dez anos na região”, destacou o promotor Antunes.
Participaram da operação os promotores André Dal Molin (coordenador do GAECO no Estado), Rogério Meirelles Caldas, Raynner Sales, Diego Pessi, Gabriel Capellani e João Fábio Munhoz Manzano.
Histórico da operação
A primeira fase da Operação Contas Abertas ocorreu em junho de 2024, com ações simultâneas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul. Na ocasião, 32 pessoas foram presas, 274 contas bancárias bloqueadas e 25 veículos e cinco imóveis apreendidos. As denúncias oferecidas no ano passado envolveram 20 integrantes da quadrilha, incluindo líderes e gerentes do tráfico, acusados de organização criminosa, financiamento do tráfico, tráfico de drogas e lavagem de bens e valores.