O Tribunal do Júri de Canoas condenou, nesta sexta-feira (24), dois homens denunciados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) pelo assassinato de Taís, de 22 anos, e Leonardo, de 25. As penas aplicadas foram de 46 e 40 anos de prisão, após julgamento que teve início na quinta-feira (23). A acusação foi conduzida pelos promotores Daniela Fistarol e Rafael Russomanno Gonçalves, do Núcleo de Apoio ao Júri.
Segundo o MPRS, o crime ocorreu por motivo de ciúmes. Um dos réus, ex-namorado de Taís, não aceitava o término do relacionamento e suspeitava de um envolvimento entre ela e Leonardo. O caso ganhou grande repercussão pela brutalidade do crime e pelo desaparecimento das vítimas, que ficaram 20 dias sem serem localizadas.
A investigação revelou que Leonardo foi atraído para um encontro próximo ao Parcão de Canoas, enquanto Taís foi sequestrada em sua casa. Os dois foram levados a uma área de mata em Nova Santa Rita, onde foram mortos a tiros. Os corpos foram enterrados e só descobertos em 2 de junho de 2023, após um dos acusados indicar o local.
Os criminosos foram condenados por homicídio qualificado, feminicídio, ocultação de cadáver e receptação de veículo. O MPRS reforçou que o crime foi motivado por um sentimento de posse e desejo de vingança, caracterizando motivo torpe e uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas.
MPRS.



