Uma mulher de 43 anos ficou presa por oito dias indevidamente no Presídio Regional de Santa Maria, mesmo após a ordem judicial de soltura já ter sido expedida. O caso ocorreu devido a um erro no sistema interno de protocolo da unidade prisional, conforme informou a Susepe.
A mulher havia sido presa em 23 de setembro, em Júlio de Castilhos, após receber uma encomenda dos Correios com maconha em seu interior. A Brigada Militar, que monitorava a residência, efetuou a prisão sob suspeita de tráfico de drogas.
No entanto, cerca de uma hora depois, o filho da mulher, de 20 anos, apresentou-se espontaneamente à polícia e assumiu ser o dono da droga, afirmando que a mãe não sabia do conteúdo do pacote. Ele já possuía antecedentes por tráfico.
Diante das circunstâncias e do fato de a mulher ser mãe de uma criança de um ano, ainda em amamentação, o advogado do caso obteve junto ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul a liberdade provisória dela enquanto o processo segue em andamento.
Mesmo assim, devido a um grave equívoco administrativo, a ordem judicial não foi cumprida imediatamente, e a mulher permaneceu preservada por mais oito dias.
Após nova intervenção do advogado, a Susepe reconheceu o erro e justificou que houve falha no processamento interno da decisão judicial, o que resultou na demora na soltura.