Juliana Brizola é indiciada por suposta apropriação de dinheiro da avó de 99 anos
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Foto: Reprodução

Juliana Brizola é indiciada por suposta apropriação de dinheiro da avó de 99 anos

Em nota, Juliana Brizola afirmou que há duas décadas dedica amor e cuidado à avó e que a conta bancária compartilhada foi aberta antes de qualquer limitação de saúde da idosa

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A candidatura de Juliana Brizola (PDT) ao governo do Rio Grande do Sul sofreu um duro revés após seu indiciamento pela Polícia Civil, revelado pela jornalista Adriana Irion, do Grupo de Investigação (GDI) da RBS. A ex-deputada é investigada com base no artigo 102 do Estatuto da Pessoa Idosa, sob suspeita de se apropriar de valores pertencentes à avó materna, Dóris Daudt, de 99 anos. Juliana nega as acusações e lamenta o vazamento de informações de um inquérito que, segundo ela, tem origem em disputas familiares.

De acordo com a apuração, a investigação começou a partir de uma ação movida por Alfredo Daudt Júnior, tio de Juliana, que obteve a curatela da mãe em fevereiro deste ano. Ao ter acesso à conta bancária conjunta de Dóris com a neta, Alfredo alegou ter encontrado saldo negativo de R$ 44 mil, mesmo após a idosa ter recebido uma indenização de R$ 1,8 milhão em 2024 e contar com uma pensão mensal de R$ 25 mil. A denúncia também inclui empréstimos e transferências que, segundo o denunciante, não estariam relacionados aos cuidados com a idosa.

Em nota, Juliana Brizola afirmou que há duas décadas dedica amor e cuidado à avó e que a conta bancária compartilhada foi aberta antes de qualquer limitação de saúde da idosa. A pré-candidata disse ser a única familiar que vive em Porto Alegre e acompanha de perto a rotina da avó, lamentando o uso político de informações íntimas. Sua defesa, feita pelo escritório Aury Lopes Jr Advogados, sustenta que o caso se trata de uma divergência familiar e que não há qualquer configuração de crime, destacando que a questão deve ser resolvida na esfera cível.

Já os advogados Andrei Zenkner Schmidt e Bruna Aspar Lima, que representam Alfredo Daudt Júnior, afirmam que o inquérito comprovou a apropriação de valores pertencentes à vítima por meio de provas documentais e testemunhais. Eles defendem que o Ministério Público apresente denúncia formal contra Juliana Brizola para apurar os “danos causados”. O episódio gera forte impacto político, colocando em xeque a viabilidade da candidatura da pedetista ao Palácio Piratini.

O que diz a defesa de Juliana Brizola:

“A defesa de Juliana Brizola, a cargo do Escritório Aury Lopes Jr Advogados, informa que lamenta profundamente a divulgação da presente investigação e, desde logo, registra sua discordância quanto às conclusões apresentadas pela autoridade policial. Juliana colaborou integralmente com a apuração, prestando todos os esclarecimentos solicitados.

Os fatos foram apresentados de maneira distorcida e serão devidamente esclarecidos no juízo cível, esfera competente para a discussão, pois não há configuração de delito. O que existe, na realidade, é uma divergência familiar, consubstanciada em pedido de prestação de contas formulado por familiar insatisfeito, a ser enfrentada no processo adequado.

Cumpre destacar que sempre houve convivência próxima e cuidado constante de Juliana com sua avó. Havia uma conta conjunta, com natural mistura de receitas e despesas, e jamais se verificou qualquer apropriação indevida de valores, bens, pensão ou rendimentos da idosa com finalidade diversa da devida.

A defesa confia que tudo será integralmente esclarecida na esfera competente.”

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