A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou nesta quinta-feira (16) a Operação Falsa Fé, uma ação interestadual contra uma organização criminosa envolvida no chamado “golpe do falso pai de santo”. A investigação foi conduzida pela 3ª Delegacia de Polícia de Canoas, com apoio do Ciberlab/Senasp, do Ministério da Justiça, e da Polícia Civil de São Paulo.
A ofensiva mobilizou 120 policiais civis para cumprir 18 mandados de busca e apreensão e sete de prisão temporária nas cidades de São Paulo, Itapevi, Cotia e Jacareí. Até o momento, seis pessoas foram presas, entre elas o homem apontado como líder do grupo. Foram bloqueadas contas bancárias e apreendidos celulares e um veículo.
O grupo é investigado por extorquir uma mulher após ela procurar ajuda espiritual nas redes sociais. Abalada por um término, a vítima foi convencida a pagar mais de R$ 180 mil em supostos “trabalhos espirituais”. Quando tentou desistir, passou a ser ameaçada pelos golpistas.
De acordo com a delegada Luciane Bertoletti, o esquema envolvia manipulação emocional e psicológica, com criminosos que usavam perfis falsos para conquistar a confiança das vítimas.
O delegado Cristiano de Castro Reschke, diretor da 2ª DPRM de Canoas, alertou que os golpes virtuais estão cada vez mais sofisticados: “Os criminosos criam uma relação de dependência emocional com as vítimas e, quando percebem que elas vão parar de pagar, iniciam uma segunda fase de ameaças e extorsões”.
