Na manhã desta sexta-feira (10), a Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou a Operação Rastreio, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa envolvida em falsa comunicação de crime, receptação, extorsão, adulteração de sinal identificador de veículo e associação criminosa. A ação foi coordenada pela 1ª Delegacia de Polícia de São Leopoldo, sob responsabilidade do delegado Ayrton Figueiredo Martins Junior.
Com apoio técnico do Detran/RS, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão expedidos pela 2ª Vara Regional de Garantias de Porto Alegre, nos municípios de Estância Velha, Portão e Novo Hamburgo. Durante as diligências, os agentes apreenderam documentos, celulares, computadores e peças de veículos sem origem comprovada.
As investigações tiveram início após um indivíduo locar um veículo GM/Onix em agosto e, dias depois, registrar falsamente o roubo do automóvel no centro de São Leopoldo. A apuração apontou que o rastreador do veículo havia sido removido anteriormente no pátio de um centro de desmanche credenciado pelo Detran, localizado em Portão.
Apesar do registro de roubo, o equipamento continuou a emitir sinal de bateria, revelando a presença do veículo em diferentes locais, incluindo uma empresa de reboques no bairro Canudos, em Novo Hamburgo.
O suposto locatário manteve a versão de roubo durante depoimento, mas apresentou diversas contradições que levantaram suspeitas dos investigadores. Paralelamente, o proprietário do carro passou a receber mensagens de extorsão, nas quais um terceiro indivíduo dizia saber a localização do Onix, exigindo dinheiro para revelar o paradeiro.
A investigação também revelou que o veículo foi anunciado em um site de vendas por um valor muito abaixo do mercado, o que reforçou os indícios de crime.
Diante do histórico dos envolvidos com antecedentes por receptação, adulteração de veículos e formação de quadrilha, a Polícia Civil deflagrou a operação com o intuito de interromper as atividades do grupo e reunir provas das infrações cometidas.