A Polícia Civil concluiu a primeira etapa da Operação Namastê, revelando provas contundentes contra o líder de uma comunidade espiritual e seus dois filhos. O grupo, que atuava entre Viamão e Porto Alegre, é acusado de aplicar falsas terapias e rituais abusivos que resultaram em dezenas de vítimas.
As denúncias, feitas por ex-integrantes, deram início a uma investigação que identificou práticas de tortura psicológica, exploração econômica, manipulação emocional e violência sexual mediante fraude. As ações ocorriam sob o pretexto de rituais espirituais e terapêuticos, onde participantes eram submetidos a isolamento, humilhações e trabalhos forçados.
Os responsáveis foram indiciados por 12 crimes, incluindo associação criminosa, charlatanismo, curandeirismo, estelionato, redução à condição análoga à de escravo e discriminação por orientação sexual. A polícia constatou também o uso de pseudoterapias ilegais, como ozonioterapia retal, e rituais de “cura gay”, classificados como formas de tortura.
Segundo a delegada Jeiselaure de Souza, o grupo desviava milhões de reais obtidos por meio de cursos e “doações forçadas”, utilizando os valores em viagens e bens pessoais. As próximas etapas da investigação seguem com a 1ª Delegacia de Polícia de Viamão.
Polícia Civil.