Quinze pessoas foram condenadas pela Justiça por participação em um esquema de adulteração de leite cru refrigerado, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa. As sentenças, divulgadas na última sexta-feira (10), variam de sete a 16 anos de prisão, todas em regime fechado, embora os réus possam recorrer em liberdade.
As condenações são resultado da Operação Leite Compen$ado 8, conduzida pelas Promotorias de Justiça Especializada Criminal e de Defesa do Consumidor do Ministério Público (MP), nos municípios de Campinas do Sul, Jacutinga e Quatro Irmãos. A investigação revelou que o grupo fraudava o leite com água e adicionava ureia, soda cáustica e álcool para mascarar a adulteração.
Coordenada pelos promotores Mauro Rockenbach e Alcindo Luz Bastos da Silva Filho, a operação também apreendeu insumos e produtos lácteos impróprios para consumo, além de resultar em prisões preventivas.
As apurações apontaram que os crimes contra a saúde pública eram praticados de forma estruturada e contínua, com divisão de tarefas e operações financeiras fraudulentas para ocultar os lucros obtidos.
Na oitava fase da operação, deflagrada em 2015, foram cumpridos seis mandados de prisão preventiva, três de prisão cautelar e oito de busca e apreensão. Escutas telefônicas autorizadas pela Justiça comprovaram o modo como o grupo adulterava o leite durante o transporte na região norte do Estado.