A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou, nesta terça-feira (12), a Operação Plano de Contingência, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em fraudes eletrônicas em todo o país. O grupo utilizava páginas falsas de órgãos públicos e técnicas de engenharia social para enganar milhares de pessoas. Nove mandados de busca e apreensão e bloqueio de bens foram cumpridos nos estados de Minas Gerais e São Paulo.
Cerca de 50 policiais participaram da ação, que resultou na apreensão de veículos de luxo, uma motocicleta e equipamentos eletrônicos usados no esquema. Também foram bloqueadas contas bancárias com o intuito de ressarcir as vítimas. Segundo a investigação, os criminosos criaram anúncios falsos que prometiam indenizações de até R$ 6 mil por supostos vazamentos de dados, levando as vítimas a acessar sites que simulavam o portal oficial do governo.
Os golpistas utilizavam vídeos manipulados com inteligência artificial (deepfake) para dar veracidade à fraude. Após inserir o CPF, a vítima era instruída a pagar uma pequena taxa via Pix, cujo valor era direcionado a um gateway de pagamentos controlado pelos investigados. O grupo operava a partir de Conselheiro Lafaiete (MG) e São Paulo, com estrutura técnica voltada à ocultação de identidade por meio de VPN e proxies.
As apurações indicam que o golpe movimentou mais de R$ 1,3 milhão, atingindo vítimas em todos os estados brasileiros, muitas delas idosas. O nome da operação faz referência a empresas do grupo que vendiam perfis e contas “aquecidas” para golpes digitais — conhecidas no meio cibernético como “planos de contingência”.
Polícia Civil.



