A indústria Mileva Produtos para Limpeza, com sede em Bom Princípio, iniciou operação de montagem e embalagem de rodos e escovas dentro da Penitenciária Estadual de Porto Alegre, empregando cinco apenados na nova linha. O acordo com a Polícia Penal formalizou a entrada da iniciativa privada no ambiente produtivo da Pepoa.
O trabalho, que teve início em 18 de novembro e foi oficialmente lançado em 8 de dezembro, já alcança produção diária de cerca de 2.000 peças. As sócias‑proprietárias da Mileva afirmaram que o período de treinamento resultou em produtividade crescente e que pretendem ampliar a cooperação com a instituição.
Autoridades penitenciárias e do Departamento de Tratamento Penal destacaram a mudança de postura do setor privado, que agora busca informações sobre contratação de mão de obra prisional, e apontaram o projeto como exemplo de quebra de paradigma entre empresas e o sistema prisional. O ato contou com a presença de representantes regionais da Polícia Penal.
A experiência na Pepoa integra um movimento estadual para ampliar vagas laborais e qualificação profissional entre reclusos, com vistas à ressocialização, à redução da reincidência e à oferta de oportunidades concretas de trabalho remunerado após o cumprimento da pena.
Polícia Penal.



