O Núcleo de Prevenção à Violência Extrema (NUPVE), do Ministério Público do Rio Grande do Sul, lançou o Glossário Analítico das Subculturas Violentas e Linguagens Digitais. Com cerca de 350 verbetes, o material reúne expressões e símbolos presentes em comunidades online associadas à radicalização e à apologia à violência, produzido por Fábio Costa Pereira, com apoio de Michele Prado, Taís Soares Olympio e Ana Paula Nosari Solari.
A iniciativa busca oferecer referência prática para famílias, educadores, forças de segurança e operadores do direito, facilitando a identificação de linguagens digitais que podem indicar risco. Para o procurador-geral de Justiça, Alexandre Saltz, o glossário contribui para ampliar a capacidade de prevenção frente a fenômenos que se movem rapidamente nos ambientes virtuais.
Organizado em nove categorias, o glossário trata de Algospeak e linguagem cifrada (ALG), terrorismo e violência extrema (EXT), misoginia e manosfera (MIS), fandom e subculturas extremistas (FAN), autoagressão e violências (LULZ) e racismo e antissemitismo (RAC), entre outras. A publicação está integrada ao Projeto Sinais, voltado à prevenção e ao resgate de jovens expostos a redes de ódio.
Os termos exemplificados incluem “aceleracionismo”, “alt-right”, “lulz”, “kill” e “café preto”, bem como AF/BB, Amog, Blackpilled e Blut und Boden. Ao sistematizar essas referências, o documento apoia ações educativas e operações de proteção em escolas e comunidades.
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MPRS.
