Polícia Civil desarticula falsa central telefônica e prende 17 suspeitos na Região Metropolitana
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Foto: Canva / ilustrativa

Polícia Civil desarticula falsa central telefônica e prende 17 suspeitos na Região Metropolitana

Grupo atuava em um sítio de Cachoeirinha e utilizava roteiros prontos para aplicar golpes eletrônicos

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A Polícia Civil do Rio Grande do Sul desarticulou, no final da tarde desta quinta-feira (18), uma estrutura clandestina usada para a aplicação de golpes eletrônicos, instalada em um sítio localizado em Cachoeirinha, na Região Metropolitana de Porto Alegre. A operação resultou na prisão em flagrante de 17 pessoas e na apreensão de um adolescente.

Durante a ação, os policiais encontraram um grande volume de chips telefônicos, aparelhos celulares e roteiros detalhados que orientavam os suspeitos sobre como simular atendimentos falsos a vítimas. Também foram apreendidos cerca de 30 celulares, computadores e quatro máquinas de cartão, indicando uma operação estruturada e com divisão de tarefas.

De acordo com o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), parte dos computadores estava conectada ao sistema Eproc, utilizado pelo Judiciário para consulta de processos. A constatação reforça a suspeita de que o grupo também praticava o chamado golpe do falso advogado, no qual criminosos usam informações judiciais reais para enganar vítimas e solicitar transferências de dinheiro.

Os equipamentos eletrônicos recolhidos passarão por análise pericial, que deverá indicar se o grupo esteve envolvido em outros crimes semelhantes. Até o início da noite, as diligências ainda estavam em andamento no local.

Operação teve início com outra linha de investigação

Segundo a Polícia Civil, a descoberta da central de golpes ocorreu de forma inesperada. A equipe foi até o sítio para cumprir mandados de busca e apreensão relacionados a uma investigação sobre receptação e comércio de veículos roubados e furtados. No entanto, ao chegar à propriedade, os agentes identificaram uma estrutura montada exclusivamente para fraudes telefônicas.

Conforme a delegada Jeiselaure de Souza, titular da Delegacia de Roubo de Veículos, os policiais encontraram chips novos, chips já utilizados e outros deliberadamente destruídos, prática comum para dificultar o rastreamento das ligações criminosas. Também foram localizados computadores conectados a aplicativos de mensagens, com troca de informações bancárias e orientações prontas para abordagem das vítimas.

Estrutura organizada e divisão de funções

As investigações apontam que cada integrante exercia uma função específica dentro do esquema. Enquanto parte do grupo fazia contato direto com as vítimas, simulando ser funcionários de instituições financeiras, outros se dedicavam à coleta de dados pessoais, como números de telefone e CPFs, para tornar os golpes mais convincentes.

Segundo o Deic, os suspeitos seguiam roteiros previamente elaborados, com histórias prontas para induzir as vítimas a realizar transferências bancárias ou pagamentos via cartão, gerando vantagens financeiras ilícitas para o grupo.

O caso segue sob investigação, e a Polícia Civil não descarta novas prisões ou a identificação de outros envolvidos a partir da análise do material apreendido.

Com informações: GZH

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