O PSOL de Porto Alegre confirmou sua indicação de chapa para disputar a prefeitura da Capital. A deputada estadual Luciana Genro e a servidora pública Tamyres Filgueira serão as candidatas do partido, respectivamente, a prefeita e vice-prefeita nas eleições de 2024.
A definição ocorreu neste domingo (3/12) durante o congresso municipal da sigla, em que os delegados também definiram a direção municipal. Roberto Robaina foi reeleito presidente do PSOL node Porto Alegre.
A apresentação dos nomes para a prefeitura não encerra as discussões sobre a unidade da esquerda em oposição ao atual prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, candidato à reeleição.
O PSOL e a Rede querem trabalhar para se unir à Federação de PT, PC do B e PV. O congresso reconheceu a legitimidade do lançamento de Maria do Rosário pelo PT mas apontou que o nome de Luciana Genro é o melhor para encabeçar a chapa. Para resolver a questão, o evento definiu que o melhor caminho é a realização de prévias com a participação dos apoiadores desse movimento democrático e dessa aliança. A escolha do nome, porém, não pode ser um empecilho. O programa, sim, é determinante.
-Vou trabalhar pela unidade com o PT. Para isso, é fundamental um programa democrático de corte popular. Esse acordo ainda não temos. Mas confio que ocorra – disse Luciana.
-Não é uma discussão de programa para envolver meia dúzia de dirigentes, queremos envolver toda a militância. É um debate que vai exigir elaboração. Um dos pontos defendido é a tarifa zero – completou Robaina.
A chapa do PSOL reúne a experiência de Luciana Genro, fundadora do PSOL, e a renovação de Tamyres, mulher negra, liderança sindical da UFRGS, que também já foi cobradora da Carris, participou das Jornadas de 2013 e atua em inúmeras lutas da cidade.
-A indicação do meu nome é uma vitória do povo que sempre é excluído da política. O PSOL está garantindo o espaço do povo negro trabalhador na disputa por uma Porto Alegre que defenda os interesses do nosso povo, que é o contrário do que faz o prefeito Melo, precisamos de uma Porto Alegre com tarifa zero, com vagas em creches, que defenda os territórios quilombolas e indígenas – concluiu Tamyres.



