A deputada Luciana Genro, em entrevista ao programa Raio X, apresentado por Diego Garcia, expressou sua opinião sobre a atual prefeitura de Porto Alegre. Genro afirmou que se a prefeitura continuar com Sebastião Melo (MDB – RS) , a capital gaúcha vai se transformar em uma cidade de grandes prédios e empreendimentos e muito pouco acolhedora para sua população.
“Eu acho que o Melo transformou a prefeitura numa espécie de imobiliária, ele ta vendendo tudo, privatizando tudo.Inclusive ele queria privatizar a Redenção , que felizmente foi uma das coisas que ele voltou atrás.”
Genro explica que o povo precisa retomar uma Porto Alegre que pense no interesse das pessoas que mais precisam, citando uma situação onde existia uma equipe asfaltando a rua onde ela mora, sendo que a rua é de paralelepípedo e nunca houve uma reinvindicação por estar de acordo com as normalidades. Ela complementa que a ação prejudicou alguns locais da sua rua, como a escola infantil que agora terá que seguir um cuidado redobrado devido ao asfaltamento porque os carros estão passando com mais velocidade.
“E lá na vila , onde o pessoal precisa de asfalto não chega. Então qual é a lógica de um prefeito que asfalta uma rua como a Landel de Moura que estava muito bem obrigada e não asfalta lá na Restinga, na Vila dos Sargentos. È simplesmente um prefeito que não pensa na periferia.
O transporte público é outro problema na capital, segundo a deputada e afirma que o PSOL (partido onde ela é afiliada e fundadora) fizeram uma proposição ao PT em lutar pela tarifa zero e exemplificou o projeto de lei do vereador Roberto Robaina (PSOL-RS) onde diz que é possivel ao invés dos empresários pagarem vale-transporte, ser pago uma taxa que vai subsidiar com tarifa zero todo transporte coletivo de Porto Alegre e complementou que este projeto já existe em muitos municipios menores e de até mesmo tamanho que a capital riograndense, alem de vários lugares no exterior, onde o transporte se caracteriza como um direito de ir e vir do cidadão.
“O direito de locomover de uma cidade não deveria estar submetido ao poder aquisitivo das pessoas. Isso iria fazer com que nós tivessemos menos poluição e tivessemos uma cidade mais democrática.”



