Vídeo: Vereador de Canguçu (RS) critica uso de recursos emergenciais por "negrada" durante Pandemia de Covid-19
Pesquisar
Foto: Reprodução / Twitter

Vídeo: Vereador de Canguçu (RS) critica uso de recursos emergenciais por “negrada” durante Pandemia de Covid-19

Declarações de Francisco Vilela geram controvérsia e levantam debate sobre racismo.

Compartilhe esta notícia:

O vereador Francisco Vilela (PL), representante do município de Canguçu (RS), causou polêmica ao afirmar que os recursos emergenciais destinados à pandemia de covid-19 foram mal utilizados pela “negrada” dos Estados brasileiros. As declarações foram proferidas durante uma sessão da Câmara Municipal na última segunda-feira (22). Além disso, o parlamentar elogiou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo enfrentamento da doença no país, conforme reportagem do Estadão.

Em suas palavras, Vilela declarou: “Não veio o pagamento pinga-pinga. Aquele dinheiro da covid, essa ‘negrada’ dos Estados deitaram e rolaram. Palmas para o Bolsonaro, palmas para quem mandou o dinheiro e que, muitas vezes, nem era gastado devidamente. Mas valia tudo durante a pandemia. Podia fazer o que quisesse porque era uma situação extraordinária”.

O vereador negou que sua fala tenha sido racista, alegando imunidade parlamentar durante seus discursos na Câmara. Ele também rejeitou as acusações de racismo, as quais classificou como “perseguição” no Legislativo local.

Em nota divulgada nas redes sociais na quarta-feira (24), o Movimento Quilombola e Negro de Canguçu exigiu uma punição ao vereador, afirmando ser “inadmissível que uma autoridade ocupante de uma cadeira no Poder Legislativo quebre o decoro parlamentar e ofenda a comunidade negra”.

A Câmara Municipal de Canguçu afirmou que não concorda com “declarações racistas ditas por qualquer um dos seus integrantes” e informou que a Comissão de Ética do Legislativo local iniciará a análise de uma possível punição a Francisco Vilela a partir de segunda-feira, 29. Entre as possíveis sanções estão advertência, suspensão ou cassação do mandato.

Esta não é a primeira vez que uma declaração de Vilela é alvo de análise pela Comissão de Ética da Câmara Municipal de Canguçu. Em junho do ano passado, ele dirigiu termos pejorativos a uma servidora da Casa durante uma sessão, levando a um processo por injúria racial. Embora nove vereadores tenham votado pela condenação do parlamentar, ele permaneceu no cargo após a sessão de julgamento.

Leia mais

📢 Cobertura do Porto Alegre 24 Horas

Quer acompanhar as principais notícias do Brasil e do mundo em tempo real? Conecte-se ao Porto Alegre 24 Horas nas redes sociais:

📰 Siga também no Google News para receber nossos destaques direto no seu feed.