A vereadora Juliana de Souza (PT) iniciou seu mandato propondo a criação da Frente Parlamentar da Memória, Verdade e Justiça de Transição, com o objetivo de investigar violações de direitos humanos na cidade e reforçar a defesa da democracia. A medida veio em contraste com a posse do vereador Marcelo Ustra Soares (PL), primo de Carlos Alberto Brilhante Ustra. Juliana afirma que Ustra “evoca símbolos autoritários”.
Na cerimônia de posse, Juliana destacou seu posicionamento ao usar uma camiseta com a frase “Tortura Nunca Mais” e a imagem da ex-presidenta Dilma Rousseff, homenageando vítimas da repressão militar. Segundo ela, “este projeto é mais que um compromisso político. É uma resposta à tentativa de apagar a história e à glorificação de práticas antidemocráticas”.
A proposta da vereadora é inspirada na Comissão Nacional da Verdade e busca apurar crimes do passado e promover políticas de reparação histórica, em um momento de avanço de discursos autoritários.
Professora e especialista em políticas públicas, Juliana tem como foco de seu mandato o combate às desigualdades e a promoção dos direitos humanos. Sua iniciativa de resgatar a memória histórica e fortalecer os valores democráticos é um contraponto direto à ascensão de figuras que exaltam a ditadura militar, marcando o início de um mandato que promete ser emblemático na luta por justiça e verdade em Porto Alegre.
Diego Garcia



