EUA cancelam vistos de familiares de Alexandre Padilha e ampliam sanções ligadas ao Mais Médicos
Pesquisar
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

EUA cancelam vistos de familiares de Alexandre Padilha e ampliam sanções ligadas ao Mais Médicos

O próprio ministro está com o visto vencido desde 2024, o que impede o cancelamento

Compartilhe esta notícia:

Os Estados Unidos cancelaram, nesta sexta-feira (15), os vistos da esposa e da filha de 10 anos do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O próprio ministro está com o visto vencido desde 2024, o que impede o cancelamento. A medida ocorre na mesma semana em que o Departamento de Estado norte-americano revogou vistos de outros brasileiros ligados à implementação do programa Mais Médicos.

Entre os atingidos estão Mozart Julio Tabosa Sales, secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, ex-assessor de Relações Internacionais da pasta e atual coordenador-geral para a COP30. Em comunicado, o secretário de Estado, Marco Rubio, afirmou que os servidores teriam participado de um “esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano” por meio do Mais Médicos.

Padilha foi ministro da Saúde quando o programa foi criado, em 2013, no governo da então presidente Dilma Rousseff. A iniciativa levou médicos a regiões remotas e carentes, com participação de profissionais cubanos por meio de cooperação com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) até 2018. Após as sanções, o ministro defendeu a continuidade da política, afirmando que o programa “sobreviverá aos ataques injustificáveis de quem quer que seja”.

A exportação de médicos é considerada uma das principais fontes de receita de Cuba diante do bloqueio econômico imposto pelos EUA há mais de 60 anos. O governo norte-americano, especialmente durante a gestão Donald Trump, passou a pressionar países que recebem profissionais cubanos. Desde a década de 1960, mais de 605 mil médicos da ilha já atuaram em 165 nações, incluindo Portugal, Rússia, Argélia e Chile.

No Brasil, o Mais Médicos foi substituído durante o governo Jair Bolsonaro pelo Médicos pelo Brasil, com o fim do acordo com a Opas. Em 2023, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o programa foi retomado com o nome original, ampliado para priorizar profissionais brasileiros e incluir outras áreas da saúde, como odontologia, enfermagem e assistência social.

Leia mais

📢 Cobertura do Porto Alegre 24 Horas

Quer acompanhar as principais notícias do Brasil e do mundo em tempo real? Conecte-se ao Porto Alegre 24 Horas nas redes sociais:

📰 Siga também no Google News para receber nossos destaques direto no seu feed.