A aprovação da PEC da Blindagem na Câmara dos Deputados continua gerando repercussão em Brasília. A proposta foi aprovada em dois turnos, com 353 votos a 134 no primeiro e 344 a 133 no segundo, mas, diante das críticas, alguns parlamentares usaram as redes sociais para admitir erro e pedir desculpas pelo posicionamento.
A proposta prevê que deputados, senadores e líderes partidários só possam ser processados criminalmente com aval da casa legislativa, em votação secreta. Entre os que se manifestaram está a deputada Silvye Alves (União Brasil-GO), que classificou seu voto como “erro gravíssimo” e alegou ter sofrido pressões políticas para apoiar a medida.
Outro que se justificou foi o deputado Pedro Campos (PSB-PE), que afirmou ter votado a favor da PEC como uma tentativa de impedir o avanço da chamada PL da Anistia, proposta que busca beneficiar envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Ele protocolou no STF um mandado de segurança pedindo a anulação da votação.
Pesquisas recentes, como a da Genial/Quaest, indicam que 83% das menções ao tema nas redes foram negativas, reforçando a rejeição popular à proposta. O episódio expôs divisões dentro de partidos e evidenciou a pressão política sobre os parlamentares.