O vereador Erick Dênil (PCdoB) foi atingido por uma bomba de efeito moral e balas de borracha durante um protesto na frente da Câmara Municipal de Porto Alegre, na tarde de quarta-feira (15). Segundo o parlamentar, ele afirmou que tentava dialogar com a Guarda Municipal para que os agentes não utilizassem força policial contra manifestantes que protestavam contra a privatização do DMAE, o novo Código de Limpeza Urbana e o fechamento da Cozinha Solidária da Azenha.
Ainda de acordo com Erick Dênil, ele foi alvo de disparos ao tentar negociar com os guardas. “Fui conversar com a Guarda Municipal quando miraram uma arma para acertar o meu rosto. Pulei na mesma hora e a bala de borracha atingiu as costas do deputado estadual Miguel Rossetto (PT). Depois, em um segundo momento, acertaram minha perna”, relatou. O vereador afirmou ainda que os movimentos sociais foram impedidos de entrar no plenário e criticou a repressão da segurança, que, segundo ele, “deveria servir ao público, não atacá-lo”.
O protesto aconteceu no mesmo dia em que o prefeito Sebastião Melo (MDB) protocolou a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026, e quando o projeto de concessão do DMAE entrou pela primeira vez na ordem do dia. Cerca de 200 manifestantes se reuniram em frente ao Legislativo, mas apenas 220 pessoas foram autorizadas a entrar no prédio, gerando insatisfação entre o público do lado de fora. Com o clima de tensão e a ação da Guarda Municipal, a sessão foi encerrada após o tumulto envolvendo vereadores, servidores e ativistas sociais.
