O secretário estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano, Marcelo Caumo (União Brasil), deve deixar o cargo nesta quinta-feira (13) após ser alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) que apura supostas irregularidades no uso de recursos federais destinados à reconstrução após as enchentes de 2024. A investigação se refere ao período em que ele foi prefeito de Lajeado, entre 2017 e 2024. A operação, batizada de Lamaçal, apura o desvio de cerca de R$ 120 milhões e cumpriu 35 mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de R$ 4,5 milhões em bens.
Embora oficialmente Caumo alegue que deixará o cargo para se defender das acusações com tranquilidade, a decisão também tem peso político, já que o caso gerou desgaste à gestão de Eduardo Leite (PSD). O governador, que retorna de Belém após participar da COP30, deve se reunir com o secretário ainda hoje para definir a saída. Nos bastidores, integrantes do União Brasil e do próprio governo já tratam a substituição como certa, com possíveis nomes sendo avaliados para o posto.
Em nota oficial, Marcelo Caumo afirmou confiar na Justiça e negou qualquer irregularidade. “Sempre pautei minhas ações pela transparência e pela responsabilidade com o dinheiro público”, declarou. Ele também disse que os valores apreendidos em um escritório do qual foi sócio não têm relação com o objeto da investigação. Caumo, que havia migrado do PP para o União Brasil no início deste ano, era cotado para disputar uma vaga na Assembleia Legislativa ou na Câmara Federal em 2026.
