COLUNA | O que diz Luciano Zucco, líder da direita no RS, sobre a prisão de Bolsonaro
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COLUNA | O que diz Luciano Zucco, líder da direita no RS, sobre a prisão de Bolsonaro

A Polícia Federal prendeu preventivamente, na manhã deste sábado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), após decisão do ministro Alexandre de Moraes

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O deputado federal Luciano Zucco (PL-RS), líder da oposição na Câmara, divulgou neste sábado (22) uma nota em que critica a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ocorrida por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). No texto, o parlamentar afirma que a decisão representa um ato de “arbítrio” e expressa indignação e tristeza com o episódio. Bolsonaro foi preso preventivamente pela Polícia Federal pela manhã.

Zucco sustenta que o ex-presidente sempre esteve à disposição das autoridades e argumenta que ele enfrenta um quadro de saúde delicado, em razão das sequelas da facada sofrida em 2018. Na manifestação, o deputado afirma que submeter Bolsonaro ao regime fechado seria “desumano” e diz que eventuais consequências à saúde do ex-chefe do Executivo sob custódia estatal seriam de responsabilidade direta do Estado.

O parlamentar também informou que integrantes da oposição estão se deslocando para Brasília para acompanhar a situação após a prisão. Ele afirma que a decisão judicial ameaça garantias constitucionais, caracteriza perseguição política e transforma opositores em inimigos, segundo sua avaliação. A nota reitera críticas ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pela determinação.

Zucco encerra a manifestação afirmando que a medida representa um ataque à democracia e prometendo que a oposição continuará atuando politicamente contra a decisão. Ele reforça que o grupo permanecerá mobilizado e vigilante diante dos desdobramentos, afirmando que o legado de Bolsonaro segue vivo entre seus apoiadores.

A Polícia Federal prendeu preventivamente, na manhã deste sábado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), após decisão do ministro Alexandre de Moraes. A medida foi adotada por garantia da ordem pública. Segundo informações iniciais, a decisão considerou que uma vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro, na sexta-feira (21), poderia gerar riscos aos participantes e às forças de segurança envolvidas. A ordem também registra que, às 00h08 deste sábado, houve uma tentativa de rompimento da tornozeleira eletrônica usada pelo ex-presidente.

Leia a nota completa de Zucco:

“Acabamos de receber, com profunda indignação e enorme tristeza, a notícia da prisão do presidente Jair Bolsonaro. É impossível descrever o que sentimos neste momento: revolta, perplexidade e um senso de injustiça que ultrapassa qualquer limite aceitável dentro de um Estado de Direito. Trata-se de mais um capítulo na escalada de arbítrio conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes — uma decisão que afronta a Constituição, a lógica jurídica e a própria humanidade.

Prender um ex-chefe de Estado que jamais cometeu crime algum, que sempre se colocou à disposição das autoridades, e que hoje enfrenta um quadro de saúde gravíssimo, é simplesmente abominável. Bolsonaro sofre as sequelas permanentes da facada que quase o matou — sequelas que se agravaram recentemente, com cirurgias delicadas, crises de soluço, episódios de vômito e limitações físicas severas. Submeter um ser humano nessas condições a um regime fechado não é apenas injusto: é desumano. Se algo acontecer ao presidente sob a custódia do Estado, essa responsabilidade será direta, objetiva e inesquecível.

Nós, da oposição, estamos nos deslocando imediatamente a Brasília — eu incluso — para acompanhar de perto este momento sombrio e para prestar todo o apoio possível ao presidente Bolsonaro e à sua família. Não ficaremos calados. Não aceitaremos que o Brasil seja transformado em um país onde a vingança política suplanta a lei, onde decisões monocráticas se sobrepõem às garantias constitucionais, e onde opositores são tratados como inimigos.

O que fizeram hoje com Bolsonaro é um ataque direto à democracia, à alternância de poder e à própria civilização. Mas deixamos aqui um compromisso inabalável: vamos resistir. Permaneceremos unidos, firmes e vigilantes. O legado do presidente Bolsonaro — sua coragem, sua força e sua liderança — permanece vivo em milhões de brasileiros, e em todos nós que fazemos oposição.

Nós não vamos desistir. Nunca.”

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