Polícia Federal encontra prova de que Sergio Moro teria mandado grampear autoridades de forma ilegal
Pesquisar
Foto: Agência Senado/Reprodução

Polícia Federal encontra prova de que Sergio Moro teria mandado grampear autoridades de forma ilegal

O material, de acordo com a investigação, reforçaria documentos já enviados ao Supremo Tribunal Federal (STF) por Tony Garcia, que se declara um “agente infiltrado” do ex-juiz

Compartilhe esta notícia:

Um despacho assinado pelo então juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, hoje senador Sergio Moro, é apontado como prova documental de que teriam sido determinadas interceptações telefônicas irregulares contra autoridades com foro privilegiado. O documento foi localizado durante uma operação de busca e apreensão realizada pela Polícia Federal (PF) na unidade da Justiça Federal e, em tese, indicaria ordens diretas de monitoramento.

No texto, Moro exige que um colaborador da Vara, o ex-deputado estadual Tony Garcia, realizasse uma nova gravação do então presidente do Tribunal de Contas do Estado do Paraná, Heinz Herwig. A PF também encontrou a íntegra de um grampo com cerca de 40 minutos envolvendo Herwig. Segundo a apuração, uma segunda interceptação teria sido ordenada após Moro considerar as gravações anteriores “insatisfatórias para os fins pretendidos”.

O material, de acordo com a investigação, reforçaria documentos já enviados ao Supremo Tribunal Federal (STF) por Tony Garcia, que se declara um “agente infiltrado” do ex-juiz. Garcia firmou acordo de colaboração em 2004 com o Ministério Público Federal, subscrito por Moro. A operação da PF na 13ª Vara, realizada no último dia 3, foi autorizada pelo ministro Dias Toffoli, atendendo a pedidos da Corte para envio de documentos relacionados a investigações anteriores à Lava Jato.

Nesta quarta-feira, Moro se manifestou nas redes sociais, classificando o caso como a retomada de “factóides” e afirmando que o episódio vem à tona no momento em que Lulinha estaria sendo investigado pela PF por suspeitas ligadas ao escândalo do roubo no INSS. O senador sustenta ainda que o grampo citado ocorreu em 2005, no contexto de investigações derivadas do caso Banestado, envolvendo um colaborador que se dispôs a gravar interlocutores suspeitos de diversos crimes.

Leia mais

📢 Cobertura do Porto Alegre 24 Horas

Quer acompanhar as principais notícias do Brasil e do mundo em tempo real? Conecte-se ao Porto Alegre 24 Horas nas redes sociais:

📰 Siga também no Google News para receber nossos destaques direto no seu feed.